Golpe de estado em 7 de setembro é alucinação

Com a energia elétrica próxima ao racionamento e a alta desenfreada do preço dos combustíveis e dos alimentos, não haverá Exercito a encampar a baixa popularidade de quem governar o país.

Bagunça e ameaça, sim. Golpe, nem pensar.

O Brasil precisa urgentemente parar de se preparar para perigos imaginários e enfrentar os problemas reais do país. Começando pela alta dos preços e o risco de apagão.

Bolsonaro acusa STF de ser tribunal político

Em seu pedido de impeachment do Ministro do Supremo Tribunal Feeral – STF Alexandre de Moraes, o Presidente Jair Bolsonaro destaca a atuação política do STF.

“Não critico essa nova realidade, também presente em outros países. O que quero destacar é que, com esse novo perfil, o Judiciário torna-se um verdadeiro ator político e, justamente por isso, deve estar pronto para tolerar o escrutínio público e a crítica política, ainda que severa e dura.”

Ao trazer o STF para o campo político, Bolsonaro invoca a jurisprudência dominante na Justiça Brasileira, no sentido de que pessoas públicas, incluindo os políticos em geral, por se submeterem ao debate público, tem a proteção de sua honra diminuída. O quê também deve se aplicar, no entendimento do Presidente, aos Ministros do STF, por sua atuação política.

“Ora, por que parlamentares e integrantes do Executivo devem tolerar a crítica pública, ínsita à liberdade de expressão, e os membros do Poder Judiciário não? O que os distingue dos demais atores políticos?”

É evidente a atuação política do STF e do Supremo Tribunal Eleitoral (no caso do voto impresso).

O problema, no caso do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, está no currículo dos envolvidos.

Entre o ministro Alexandre de Moraes e o deputado Daniel Silveira e ex-Deputados Roberto Jefferson e Sérgio Reis, é muito difícil ficar a favor do deputado e ex-deputados e contra o Ministro.

Bolsonaro blefou

O partido Rede Sustentabilidade pediu ao STF que Bolsonaro apresentasse provas das irregularidades nas eleições de 2014 e 2018. Mas o Governo não apresentou. Admitiu a bravata e defendeu a defendeu liberdade de expressão.

O centro da tese defendida pelo Governo é que com relação a coisa pública, por estarmos em uma democracia, não existe e não pode existir tabu.

Proibir um cidadão de questionar a higidez do sistema eleitoral é o mesmo que assumir que o sistema é falho. Por isso Bolsonaro não pode ser proibido de questionar a segurança do sistema eleitoral.

A falta de provas, no entanto, derrubou a Proposta de Emenda à Constituição – PEC do voto impresso, que não passou na comissão do Congresso Nacional.

As urnas eletrônicas são seguras. O que comprova a segurança das urnas é a completa falta de prova de fraude nas eleições.

Poder de compra despenca e brasileiro volta à situação econômica de 16 anos atrás

O poder de compra do brasileiro, também caracterizado como renda livre para o consumo, continua a cair acentuadamente desde o final de 2014, momento em que o candidato derrotado nas eleições, Aécio Neves (PSDB), não aceitou o resultado das eleições.

Imagem: G1. Com modificações.

Embora nunca tenha conseguido comprovar qualquer fraude, o movimento liderado pelo candidato derrotado, Aécio Neves, acendeu no país a desconfiança no sistema político e eleitoral.

Anos depois, Aécio foi gravado pelo empresário Joesley Batista, afirmando ter contestado o resultado das eleições apenas para “encher o saco do PT”.

Mas o estrago na economia já estava feito.

Sem confiança na frágil democracia de um país da América do Sul com histórico de golpes, uma Constituição recente e fanáticos que pedem o fechamento de tribunais e ditaduras militares espalhando desinformação, não há ambiente positivo para negócios a longo prazo. Muito menos há ambiente para consolidar investimentos internacionais.

O resultado da birra eleitoral é a deterioração do ambiente político e institucional, que culminou na maior fraude judicial já presenciada no Brasil, com a retirada do ex-presidente Lula do pleito eleitoral.

O crescimento econômico depende da segurança jurídica, estabilidade política, consumo interno e emercado internacional.

Pregar desconfiança no sistema eletrônico de votos em vez de trabalhar em favor do Brasil é apenas mais uma estratégia para disfarçar o fiasco da completa ausência de um projeto viável para o Brasil.

Bateu o desespero

A live semanal do Presidente da República no Youtube revela o tamanho do desespero presidencial com a volta do ex-presidente barbudo, líder nas pesquisas de intenção de votos.

Em vez de anunciar medidas para recuperar o poder de compra da população, que já se encontra reduzido drasticamente durante seu mandato, o Presidente insiste em paranoias alheias a realidade.

Faltam projetos para o País e sobram “urnas fraudadas”.

O mundo imaginário em que o Presidente vive termina na realidade que o povo encontra no caixa do supermercado.

Asfixia

Morte por asfixia é uma das qualificadoras que faz do crime de homicídio ter sido praticado por meio cruel.

Está lado a lado no código penal com a morte por envenenamento, queimado vivo, explodido aos pedaços, torturado ou morto por qualquer forma que implique perigo comum, como cortar os freios de um ônibus assassinando quarenta pessoas que nada tinham em comum com o resultado pretendido.

Morrer asfixiado em um leito de hospital devido a uma briga política por omissão de um presidente estabanado, que está pouco se importando com a saúde pública, é mais do que um motivo para impeachment.

Quem é o maior responsável pelo atraso da vacina?

Do blog do Zé Beto.

A Paraná Pesquisas perguntou: “Quem é o maior responsável pelo atraso da vacina no Brasil?”

As respostas:

  • Jair Bolsonaro, 35,1%;
  • os laboratórios, 29,9%;
  • o ministro Pazuello, 5,2%;
  • nenhum desses, 19,9%;
  • não sabe/não respondeu, 2,3%.

Outra pergunta: “Qual é a sua maior preocupação neste momento, com a sua saúde e a de sua família ou com a sua situação financeira e de sua família?”

  • A própria saúde e a da família, 78,7%;
  • A situação financeira e a da família, 17,2%;
  • não sabe/não respondeu, 4,1%.

A pesquisa foi feita nos dias 15 a 18 de janeiro com 2.105 pessoas de 208 municípios dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.

Entre Moro e Bolsonaro: eleição será decidida entre um radical e um ex-juiz

Se levarmos em consideração o resultado da última pesquisa realizada pelo Paraná Pesquisa e publicada pela Revista Veja nessa última sexta-feira (24), as eleições de 2022 serão decididas entre Sérgio Moro e Jair Bolsonaro.

Vontade para concorrer à reeleição é o que não falta para o atual Presidente Jair Bolsonaro.

Em uma conversa com apoiadores em maio, o atual presidente disse que só sairia em 2027, levando como certa sua reeleição em 2022.

Sérgio Moro, por outro lado, afirma e reafirma estar fora das eleições de 2022.

A afirmação é estratégica. Sergio Moro que a politização do judiciário é capaz de retira-lo das eleições e não quer correr o risco de ser tirado na marra da corrida presidencial.

Sem cargo e sem participação no governo, a tendência é a desidratação progressiva do ex-juiz. Que ainda corre o risco de ser atingido pelas investigações da PGR sobre os acordo ilegais da Lava-Jato com o FBI.

Dada a evolução natural do cenário político nacional e sem fatos novos que possam mudar o curso da política no Brasil, a reeleição do Presidente Jair Bolsonaro é praticamente certa em 2022.

Originally published at https://marcelkroetz.com.br on July 26, 2020.