Enquanto fiscais corruptos são condenados em São Paulo, Paraná abraça fiscais suspeitos de corrupção

A Justiça de São Paulo condenou há apenas alguns dias agentes fiscais e cúmplices da chamada máfia do ICMS a penas de até 16 anos de prisão por extorsão, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O cumprimento das penas deve iniciar no regime fechado.

As investigações são parte da Operação Zinabre, que revelaram que os fiscais exigiam propina de até R$ 15 milhões de empresas para evitar supostas irregularidades na fiscalização do ICMS. Além das condenações criminais, a Justiça decretou a perda dos bens adquiridos ilicitamente pelos acusados.

Esse tipo de corrupção na arrecadação de impostos prejudica gravemente a economia.

Em vez de fortalecer o sistema tributário, esses crimes geram insegurança jurídica e aumentam os custos para empresas, que acabam transferindo seus negócios para outros estados ou países. Isso reduz a arrecadação pública, limita investimentos em infraestrutura e serviços básicos e contribui para a desigualdade econômica. Além disso, a impunidade e a prática sistemática corroem a confiança dos cidadãos nas instituições, comprometendo o desenvolvimento sustentável do país.

Fiscais que se opõem a corrupção ficam sujeitos a assédio, perseguição e retaliações, sendo a corrupção nas Receitas Estaduais uma expressão agressiva e extensiva de um tipo específico de crime organizado que corrói a arrecadação tributária do Estado e desvia os recursos públicos antes mesmo de serem auferidos pela Administração.

No Paraná, fiscais presos nas operações Publicano retornaram para a Receita Estadual a pedido do Corregedor Geral, colocando em xeque a seriedade da Administração do governo Ratinho Júnior nessa questão.

Em vez de manter o afastamento de fiscais envolvidos com o possível maior caso de corrupção no governo do Paraná, o governo preferiu abraçar a possível corrupção.

Ouremos

“Tragam-me seus brincos de ouro.” Quando o povo os trouxe, Arão os fundiu e fez um bezerro de ouro. E o povo disse: ‘Este é nosso Deus, que nos tirou do Egito!’ – Êxodo 32.

Bezerro de ouro/jw.org.

Uma religião só é verdadeiramente cristã quando reverter aos pobres os dízimos pagos por seus féis.

Enquanto o dinheiro arrecadado servir para construir monumentos e enriquecer pastores, o inferno será o destino certo para quem enriquece as custas da fé alheia escondido sob o manto herege de uma falsa religião.

Esconde-esconde

Um dos maiores avanços na democracia moderna foi a possibilidade do cidadão comum saber, conhecer e controlar os atos do Governo.

Sem a chamada transparência, o Governo deixa de ser de todos e passa a ser apenas daqueles que sequestraram a máquina pública.

Infelizmente é isso o que vem acontecido com o Estado do Paraná. Que vem a cada dia inventando formas de esconder informações públicas.

Compliance no Paraná é uma mentira criada pelo Governo para esconder suas falcatruas.

Em uma democracia moderna, não existe governo opaco. O quê existe é formação de quadrilha.

Cada documento escondido prova um crime cometido contra a Administração.

Nota de 200 Reais facilita corrupção no Brasil

Bastou o ministro da economia, Paulo Guedes, insistir mais uma vez na criação de um imposto sobre transações digitais, aos moldes da antiga CPMF, que a equipe do Banco Central correu encontrar uma desculpa para imprimir mais dinheiro vivo para quem quer escapar do novo imposto digital.

A culpa, segundo o Conselho Monetário Nacional — CMN, é do “ entesouramento “. Um movimento econômico em que a população, em meio a pandemia, teria optado por guardar mais dinheiro em casa, em espécie, inclusive do auxilio emergencial.

A solução, segundo o CMN, seria assim imprimir cédulas maiores. Reduzindo, ao mesmo tempo, a impressão de cédulas menores. Equilibrando o meio circulante (dinheiro) à realidade financeira do nacional.

A má impressão, no entanto, foi unânime. Desde a dificuldade previsível em promover a circulação da nova nota no comércio em geral, até a facilitação das transações ilegais que sustentam a corrupção.

Mas um outro motivo oculto nas notas de 200 ninguém viu. Tirar o espetáculo das operações com fotos de pilhas de dinheiro enfileirado do Ministério Público e da Polícia Federal.

Com notas de 200, é preciso apenas 100 para juntar R$ 20.000.

Originally published at https://marcelkroetz.com.br on August 20, 2020.