Alexandre de Moraes determina remoção de perfis do PCO das redes sociais após partido chamar ministro de “skin head de toga”

O kissuco comunista ferveu nessa quinta feira.

Após postagens no perfil oficial do Partido da Causa Operária no Twitter, chamando Alexandre de Moraes de “skin head de toga”, o ministro determinou a imediata remoção dos perfis das redes sociais que habitam.

O Partido é o único que defende abertamente a revolução e a deposição do governo para a implantação de um governo operário em um regime comunista.

Estranhamente, é um partido que Bolsonaro nunca mencionou na sua campanha anticomunista.

Bolsonaro prefere perseguir o PT, que com o PCO só tem em comum a cor vermelha. O PT está tão longe do comunismo quanto a múmia do falecido Lenin está de Brasília.

O PCO, por outro lado, é comunista de verdade. Talvez por isso tenha tão pouca credibilidade e expressão política.

O PCO nunca elegeu um candidato. O risco que o PCO representa é praticamente inexistente. Mas a inclusão do PCO no inquérito 4781 equilibra o jogo.

Com a inclusão, Alexandre de Moraes demonstra que não tem partido e que não dará espaço para radicais que pregam o fechamento do Supremo. Sejam radicais de direita, como o PTB, sejam de esquerda, como o PCO. Independentemente da inconstitucionalidade descarada do inquérito.

Somos hoje o caranguejo em água morna. Sentimos a temperatura subindo mas na prática não nos incomoda.

É pouquíssimo provável que Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, tenha qualquer vínculo com Sara Giomini, Roberto Jeferson e Allan dos Santos.

A inclusão no inquérito é uma manobra para parecer imparcial e manter o inquérito andando.

O inquérito começou de ofício há mais de três anos e ainda continua.

Sem novos investigados, o inquérito teria que ser remetido para a Procuradoria Geral da República. Que já se manifestou em mais de uma oportunidade pela não continuidade do inquérito.

Um posicionamento do PCO no entanto repercute: é muito poder na mão de uma única pessoa que o exerce sem nunca ter recebido nenhum voto.

A dissolução do STF não é a solução. Mas fim das decisões monocráticas não referendadas pelo plenário ou por uma turma é algo que precisa ser levado em conta.

Um único ministro não deve poder mudar sozinho o entendimento firmado por 513 deputados e 81 senadores.

Brasil

Entender o Brasil exige expertise. Ou o quê que em alguns estados também se chama malandragem. Aquele tipo específico de interpretação do que se ouve em que quem ouve, não ouve exatamente o que foi dito e sim o que se esconde por trás do que foi omitido.

Quer um exemplo?

Ao defender a validade do projeto chamado Lei das “Fake News” na Câmara, o Deputado Orlando Silva (PCdoB) afirmou que o projeto não tem finalidade eleitoral e que, por isso, pode ser aplicado já nessas eleições, sem o prazo mínimo de antecedência de um ano exigido para novas regras eleitorais.

“Não se trata aqui de regras eleitorais. Não tenho a menor dúvida que isso possa ser aplicado nas eleições

“Tenho convicção de que essa lei pode ajudar muito a termos eleições mais seguras, mais confiáveis. Ela pode combater muito a desinformação nos serviços de mensagem, que tiveram impacto importante nas eleições de 2018

É nova regra eleitoral não eleitoral. Uma regra feita para organizar o processo eleitoral sem ser eleitoral. Um jogo de palavras feito para burlar a legislação.

Ao impor obrigações aos candidatos, como definir qual é seu perfil “oficial” nas redes, e obrigações aos provedores, como elaborar relatório de impulsionamentos, o projeto tem sim finalidade eleitoral. Tanto tem que a urgência do projeto foi rejeitada na Câmara e o projeto passará à análise das Comissões.

Mas o projeto preocupa, assim como preocupa o “vai que cola” parlamentar.

São essas as pessoas que querem decidir por lei o que é Fake News e criar meios para que conteúdos sejam removidos das redes sociais.

Liberdade de expressão não é carta branca para mentir e enganar a população

Alexandre Garcia foi demitido da CNN por defender o kit Covid

A demissão do jornalista Alexandre Garcia, que apresentava um quadro de comentários no canal CNN Brasil, deixou claro a posição da emissora com relação às chamadas fake news.

Mentiras não são notícias e fazem mal para a democracia, para o jornalismo, para a população e para o Brasil.

Desinformados pela mentira, pessoas tiram conclusões equivocadas e põem suas vidas em risco e a vidas de terceiros, como aconteceu com o chamado kit covid: um coquetel de remédios tóxicos e ineficazes, usados para distrair a população e economizar dinheiro que deveria ser gasto com tratamentos mais caros e efetivos contra a COVID.

Mentir não é jornalismo.

Jornalismo é buscar sempre a verdade, é ir atrás dos fatos, mesmo quando eles contrariem uma opinião.