O g1 apresentou uma reportagem sobre como apenas uma em cada quaro crianças atendidas pela rede de atenção básica à saúde conseguem realizar ao menos três refeições por dia.
Para ilustrar a situação de insegurança alimentar vivida por essas famílias, o g1 entrevistou pais e mães e mostrou uma geladeira completamente vazia.
A incoerência ficou a cargo do sobrepeso visível dos pais das crianças, todos muito acima do peso.
Não convence afirmar que pessoas acima do peso passam fome. Podem ter fome, sim, como todos têm, mas sobrepeso não é sintoma de insegurança alimentar e, com certeza, não é responsabilidade do Governo.
Alimentação saudável, equilibrada, do mesmo modo, não depende de poder aquisitivo. Produtos básicos no Brasil são muito mais baratos do que os produtos altamente industrializados. É mais barato um quilo de frango do que um quilo de salsichas.
Se os pais estão muito acima do peso e as crianças não tem comida, é preciso investigar o que de fato está acontecendo.
É falta de tempo para preparar alimentos para os filhos? Excesso de refeições fora do domicílio? Maus tratos familiares? Bolachas, biscoitos e salgadinhos ficam de fora da contabilidade do SUS e não são considerados alimentos?