A compra do Twitter pelo empresário Elon Musk e a recente demissão de ais de 10 mil funcionários da Meta, dona do Facebook, demonstram o fim da era de expansão das redes sociais.
Problemas em todo o mundo relacionados à liberdade de expressão e a manifestações políticas, principalmente ligadas a contas falsas e automações utilizando robôs, põem em xeque o modelo de negócios adotados pelas grandes plataformas. Que dependem do chamado “user generated content” (conteúdo produzidos pelos usuários) para faturar com anúncios em seus apps.
Sem darem conta da crescente necessidade de moderação e sem conseguirem resolver por completo o problema do uso de contas falsas e robôs, redes sociais pouco a pouco vem se transformando em um ambiente tóxico que afasta usuários reais.
Com a menor utilização por usuários de verdade, cai consideravelmente o valor de se anunciar nessas plataformas, já que muito do orçamento gasto será gasto com visualizações falsas. “Visualizações” realizadas por contas falsas e robôs, sem nenhum retorno comercial.
Sem a receita proveniente dos anúncios, se torna insustentável o modelo de financiamento adotado por gigantes como o Twitter e o Facebook. Tornando cada vez menos apelativas tanto para o anunciante quanto para o usuário sua permanência nessas redes sociais.