O boicote

Uma lista de estabelecimentos a serem boicotados circulou entre grupos bolsonaristas em Rio Negro.

A lista traz nomes de estabelecimentos que seriam “de esquerda”.

O problema da lista, além de ferir direitos e garantias fundamentais, é que ninguém sabe como ou por quem esses estabelecimentos foram escolhidos.

Na opinião de quem escreveu a lista, todos os seus concorrentes podem muito bem serem “de esquerda”.

Perde com isso os próprios boicotantes, que podem acabar pagando mais caro ou recebendo um serviço de pior qualidade. Com o risco, inclusive, de terem sido enganados.

Quem ouve a história lembra que essa história de lista, sinal e boicote se aproxima muito com o nazismo. No qual judeus e seus estabelecimentos foram marcados e boicotados pelos nazistas.

Daqui a pouco aumentam a lista para que todos que não apóiem o Bolsonaro sejam marcados como “de esquerda”.

E surge assim o bolsonizmo. O boicote e todos que forem marcados como “de esquerda”.