PCO defende discurso de Nikolas e diz que tentativa de cassação do deputado é ‘política medieval’

O PCO – Partido da Causa Operária, o partido mais de extrema esquerda do país, defendeu o discurso do Deputado Federal Nikoas Ferreira, chamando a tentativa de cassação do deputado de “política medieval”.

O Partido pontuou que que a função de um parlamentar é se expressar, posicionou-se de maneira contrária ao fim do mandato do político e afirmou que censura não deve ser apoiados pela classe.

“Qualquer cidadão tem o direito a liberdade de expressão. Além disso um parlamentar é eleito pelo povo justamente para falar. A esquerda não deve apoiar a censura”, pontuou a legenda em uma série de publicações.

“Liberdade de expressão é o direito de pessoas falarem coisas das quais não gostamos e, inversamente, de falarmos aquilo que os outros não gostam. O resto é a volta da Inquisição”

Em defesa do Nikolas Ferreira e da imunidade parlamentar

Nikolas Ferreira (foto) utilizou peruca loira para ironizar mulheres trans no plenário da Câmara (foto: TV Câmara/Reprodução)

Não existe nenhum lugar no qual a liberdade da manifestação do pensamento seja mais livre do que no exercício da atividade parlamentar.

Para quem ainda não conhece, o deputado da foto é o Deputado Federal Nikolas Ferreira (PL-MG). O Deputado Federal mais bem votado em todo o território nacional.

Mas por que Nikoas recebeu tantos votos? Porque diz exatamente o que seus eleitores pensam e sabem que não podem dizer.

A polêmica ficou por conta de um discurso do parlamentar que vem sendo taxado como transfóbico, porque no dia da mulher, Nikoas levantou a questão dos homens que mudam de gênero e passam a competir em modalidades esportivas femininas, com mais competitividade do que as mulheres que nasceram assim e Nikolas levantou no Congresso Nacional essa questão.

A questão é complicadíssima e vivemos em um momento no qual quem diz o obvio pode estar cometendo um crime. Mas a mesma questão reflete no caso de um possível exame anti-dopping na mesma situação.

O consumo de testosterona por uma atleta mulher é considerado dopping e a excluí da competição. Mas a testosterona endógena de uma atleta que nasceu homem e compete na modalidade feminina não.

A divisão por gênero em competições esportivas em nada tem há ver com identidade de gênero. Não importa na divisão dos participantes o gênero com o qual uma pessoa se identifica ao definir quais são as categorias em uma competição.

Pedir a cassação do Deputado Nilkolas por dizer o óbvio mostra como nossa sociedade se degradou ao ponto de querer punir quem foi eleito para ser a voz que diz exatamente o que os outros pensam e não podem dizer. Existem diferenças biológicas inegáveis entre uma homem que se tornou mulher e uma mulher que nasceu assim e o Deputado Nikolas trouxe para o debate público essa questão.

Nikolas disse exatamente o que as atletas que nasceram mulheres e competem nas modalidades femininas podem estar querendo dizer e não podem dizer e é por isso que o que o deputado disse ganhou tanta repercursão.

Como se sentem as mulheres que competem e veem os prêmios e melhores posições serem galgados por homens que agora são mulheres e competem com elas na mesma competição?

Qual é o sentido da divisão por gênero nas competições?

Essas são questões relevantes e que precisam ser debatidas por toda a sociedade e isso inclui o Congresso Nacional.

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