Um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), realizado nesta quinta-feira (02), aponta que 344 óbitos ocorreram em novembro em decorrência da Covid-19, número 94,6% menor do que os registros de março deste ano, pico até então, quando 6.453 paranaenses faleceram após contraírem a doença.
Este é o quinto mês consecutivo que o Paraná registra queda nas mortes: foram 2.602 em julho, 1.564 em agosto, 1.326 em setembro, 783 em outubro e 344 em novembro. A última vez que o Estado tinha registrado menos de 400 óbitos em 30 dias tinha sido em maio de 2020 (119).
A redução também foi observada no número de casos confirmados. Em novembro, 12.154 exames detectaram a presença do vírus Sars-CoV-2 no Estado, 93,7% abaixo dos dados de maio, os piores até então, com 195.165 testes positivados. É o terceiro mês consecutivo em número de casos de Covid-19 – foram 60.320 em setembro, 28.515 em outubro e 12.154 em novembro – e o menor número também desde maio do ano passado (5.117).
“Não há dúvidas de que essas reduções estão diretamente ligadas com a vacinação. O Paraná tem feito seu papel neste enfrentamento levando a vacina até o braço das pessoas e contamos com a colaboração da população para que continuem se vacinando e mantendo os cuidados”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
O Paraná alcançou neste sábado (4) a marca de 90% da população adulta imunizada com a primeira dose (D1) ou dose única (DU) do imunizante contra a Covid-19. Os dados são do Vacinômetro nacional.
Ao todo 11.181.248 doses foram aplicadas, sendo 7.543.480 D1, 320.352 DU e 3.318.287 segundas doses (D2).
O marco foi atingido 18 dias após o Estado chegar nos 80% da população adulta, em 17 de agosto. A meta programada para o fim do mês foi adiantada em duas semanas. Agora, a expectativa do Governo do Estado é chegar em 100% da população acima de 18 anos com pelo menos uma dose, até 30 de setembro.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, não descarta a possibilidade de o Paraná adiantar a meta mais uma vez. “Sem dúvidas com a chegada de mais doses, estimada pelo Ministério da Saúde, o Paraná tem condições de adiantar esse prazo assim como já fez em agosto. Contamos com o apoio dos municípios para salvarmos vidas”, disse.
SEGUNDA DOSE – O Estado também atingiu um número importante nesta sexta-feira (3). Mais de 40% da população adulta já está completamente imunizada com duas doses ou com a DU.
“Estou recebendo pessoas jovens e saudáveis no hospital com infecções muito graves por Covid. Uma das últimas coisas que eles fazem antes de serem intubados é implorar pela vacina. Eu seguro as mãos deles e digo que sinto muito, mas é tarde demais.”
O relato é de Brytney Cobia, médica no Alabama, que escreveu um post em suas redes sociais contando como tem sido seu dia a dia na “pandemia dos não vacinados” –como tem sido chamada a atual fase nos EUA, na qual há vacinas suficientes para todos, mas muita gente rejeita o imunizante.
Conforme a vacinação contra o COVID-19 avança e o número de casos graves diminui, dois dos principais indicadores econômicos do País mostram que a economia já dá sinais de melhora.
O Dólar, principal moeda estrangeira e base para a valoração de matérias primas e equipamentos importados, atingiu o menor valor no ano, R$ 4,91. Enquanto o IGP-M, índice que mede a evolução dos preços para a indústria, atingiu o valor de 0,6%. Ambos no final do mês de junho.
O Estatuto dos Militares, Lei que regula direitos e deveres dos membros das forças armadas (6.880/80), proíbe expressamente que militares afastados da atividade militar utilizem títulos como Coronel, Tenente, Capitão ou General – as chamadas Designações Hierárquicas – em atividades civis e políticas.
O uso é proibido em atividades políticas-partidárias, comercias, industriais e até mesmo no exercício de cargo ou função de natureza civil na administração pública. O quê não está sendo respeitado por militares afastados da ativa que exercem cargos de natureza civil e política.
A leniência das Forças Armadas em coibir o uso indiscriminado das patentes em atividades políticas acaba com a credibilidade do Exército conforme escândalos são revelados envolvendo militares nas falcatruas das vacinas.
Conforme a CPI do Covid avança fica cada vez mais claro que a estratégia adotada pelo Governo Federal para atingir a suposta imunidade de rebanho foi o alastramento pelo contágio.
O Governo Federal investiu deliberadamente no espalhamento do vírus, disseminando mentiras como a Cloroquina e o tratamento precoce como uma forma de encorajar a circulação das pessoas maximizando a disseminação do vírus, em busca deliberada do contágio.
O Brasil foi o único país do mundo a negar a eficácia de vacinas a nível de Governo. O que demonstra a profundidade do abismo no qual os brasileiros foram jogados.
Hoje, com mais de meio milhão de mortos e concentrando apenas 2,5% da população mundial, o Brasil segue lamentavelmente a tendência em se tornar o país com mais mortes causadas pela epidemia do Coronavírus do mundo. Resultado da tragédia deliberadamente construída pelo Governo Federal.
A estratégia de adotar a disseminação do vírus para atingir a imunidade de rebanho deu errado porque faltou conhecimento e inteligência no Governo Federal.
Cuida-se, hoje, e leva-se mais a sério a saúde do rebanho bovino no Brasil do que a saúde e a segurança do cidadão.
Dois projetos de lei foram propostos na Assembleia Legislativa o Paraná – ALEP sobre a a inclusão de professores no grupo prioritário para a vacinação contra a COVID.
O primeiro, de autoria do Deputado Tadeu Veneri (PT), inclui professores e trabalhadores da educação no grupo prioritário da 1º fase da vacinação.
O segundo, de autoria do Deputado Plauto Miró (DEM) dispõem sobre a vacinação de professores, profissionais que atuam no ensino e na segurança pública.
Proibição
Outro projeto, proposto pelo Deputado Ricardo Arruda (PSL) dispõem sobre a proibição da obrigatoriedade da vacina, que, na proposta do Deputado, deve depender do consentimento de cada um e ser opcional.
A eleição do Deputado Arthur Lira (PP) para a presidência da Câmara Federal e o Senador Rodrigo Pacheco (DEM) para a presidência do Senado é uma vitória histórica para o Presidente Jair Bolsonaro.
Com o controle das duas casas, não faltará apoio para que sejam pautados projetos de interesse direto do Governo Federal, como a reforma administrativa e a PEC emergencial.
Mas o que esperar para 2021?
A volta do Auxilio Emergencial
A volta do auxilio emergencial é uma prioridade para Congresso, mesmo tendo sido desacreditada pelo Presidente Jair Bolsonaro no final de 2020.
Segundo Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, a ideia é “avaliar alternativas de oferecer segurança financeira através de auxílio emergencial para aqueles brasileiros que estejam enfrentando a miséria em razão da falta de oportunidade causada pela paralisia econômica provocada pela pandemia”.
Vacinas contra a COVID
Outra prioridade do Congresso, de acordo com os novos Presidentes, será o enfrentamento da pandemia do Coronavírus através da prioridade à vacinação.
Rodrigo Pacheco afirmou que o “foco principal” do Congresso e do governo federal é o “enfrentamento seguro, ágil e inteligente da pandemia com a disponibilização de vacinas”.
A prioridade do Congresso no enfrentamento à pandemia em 2021 será a vacinação.
Reforma Administrativa
Entre as prioridades da Câmara estará a Reforma Administrativa, que reorganiza a relação do Governo com os novos servidores. Incluindo os servidores estaduais e municipais.
Entre os principais pontos da proposta, estão a dedicação exclusiva, o fim dos adicionais por tempo de serviço, o fim das chamadas funções gratificadas, a regulamentação da avaliação de desempenho, a extinção das licenças prêmio, a proibição de redução de jornada com redução de salário para carreiras típicas de estado e o período de experiência, como mais uma etapa do concurso, em substituição ao atual estágio probatório do servidor.
PEC Emergencial
No Senado, a prioridade será a PEC Emergencial, que introduz na Constituição Federal uma série de medicas visando reduzir despesas compulsórias e dar equilíbrio financeiro ao Governo, também chamado de equilíbrio fiscal.
Entre os principais pontos da proposta, estão a proibição da criação de novas despesas obrigatórias, a redução de carga horário e salários de funcionários públicos, o fim da realização de concursos e criação de cargos públicos e o veto de algumas progressões de carreiras. Tudo isso enquanto durar o desequilíbrio das contas com relação aos limites impostos pelo teto de gastos e pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
A excludente de ilicitude tem sido demandada pelo chefe do poder executivo como uma necessidade de dar segurança jurídica à força policial e militar que atua nesse tipo de operação. Nas quais a conturbação extensiva da ordem pública pode levar a consequências trágicas no final.
Regularização Fundiária e Mineração
Entre os pontos elencados como prioridade pelo Presidente da República também estão a regularização de terras griladas, a flexibilização do licenciamento ambiental, a concessão de florestas e a mineração em terras indígenas, independente da autorização ou concordância das comunidades locais.
Ambas as propostas tem sido defendidas pelo Governo Federal desde a eleição presidencial e são vistas pelo Presidente Jair Bolsonaro como uma forma de reduzir os entraves ao crescimento do agronegócio e a atividade extrativista nacional.
Costumes
Por fim, pautas como a proibição do aborto, a redução da maioridade penal, a definição do conceito de família somente quando formada por um homem e uma mulher continuam na agenda do Governo e formam a chamada Pauta de Costumes. Fortemente defendida por militantes que formam a base do Presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais.
Se você ainda não está preocupado com os perigos da desinformação em massa causada pelas redes sociais, eu estou. E a situação fica cada vez mais surreal.
Veja, por exemplo, essa noticia publicada no Canaltech. Que relata o resultado preocupante de uma pesquisa conduzida pelo Yahoo! em conjunto com a britânica YouGov.
A pesquisa concluiu que nada menos do que 1 em cada 4 americanos acredita que “‘Bill Gates quer usar a campanha de vacinação em massa contra a COVID-19 para implantar microchips [nas pessoas], os quais poderiam ser usados para rastreá-las com uma ID digital’”.
Por mais absurda que seja a afirmação, o número sobe para 44% entre os eleitores de Donald Trump.
O valor servirá como um reforço na aquisição e distribuição de imunobiológicos no Estado e corresponde à 1/3 do valor total previsto por habitante para a compra de vacinas em 2020 pelo Governo Federal.
O Paraná é o primeiro Estado a propor uma verba específica para a compra e distribuição de vacinas contra o Coronavírus no orçamento estadual. Aliando a preocupação permanente com a saúde pública e o desenvolvimento econômico estadual.