A Procuradoria Municipal de Registro recomendou o indeferimento do pedido de acesso ao memorando que foi mencionado pela Procuradora Geral durante entrevista como sendo o motivo para a agressão praticada por um dos Procuradores.
Entre os motivos elencados, está a proteção à intimidade dos envolvidos e a alegação de que o processo encontra-se em sigilo.
Resposta_Protocolo_6100_2022O caso aconteceu no mês passado no qual o único Procurador (homem) em exercício na Procuradoria do Município, na qual todas as outras servidoras e estagiárias são mulheres, agrediu a Procuradora Geral no local de serviço.
O caso chamou a atenção pela violência com que as agressões foram praticadas e vem sendo tratado como violência de gênero.
O agressor alegou estar sofrendo assedio moral, o que não justifica a agressão, mas torna o caso mais inteligível.
Embora o acesso ao documento provavelmente seja negado, a Procuradora Geral vem dando entrevistas sobre o caso, cuja repercussão motivou a apresentação de um projeto de lei com seu apoio, PL 1906/22, visando aprimorar os mecanismos para prevenção e acolhimento das vítimas de violência contra a mulher.
Minha suspeita sobre o caso?
A Procuradora Geral em conjunto com as demais servidoras e estagiárias tornaram a convivência propositalmente insuportável para o Procurador, com o objetivo de tornar a procuradoria exclusivamente feminina. Conseguiram tirar o Procurador da razão através do assedio sistemático e hoje só existem mulheres trabalhando na Procuradoria.
É estranho negar acesso ao memorando ao mesmo tempo que o caso é tratado abertamente pela Procuradora Geral do município.
A assimetria no acesso à informação acende o alerta sobre o possível domínio da narrativa.